domingo, 26 de agosto de 2007

Entradinhas

Há pequenas coisas que são capazes de distinguir de maneira significativa um bom jantar de um jantar mediano. Uma dessas pequenices é uma boa entrada. Talvez uma das mais simples seja a Bruschetta italiana. A receita tradicional é a base de salada de tomate com manjericão que recobrem uma fatia generosa de pão italiano. Uma delícia... Claro que atualmente vários restaurantes apresentam variantes das Bruschettas tradicionais. Algumas levam queijo Brie com tomate seco e rúcula ou outras combinações ainda mais extravagentes. Nada me convence que essas mutantes sejam melhores que a Bruschetta clássica. Curiosamente, na Espanha se come o “pan con tomate” que é uma “Bruschetta-like” dos nossos amigos da península Ibérica.

Outro dia no jantar italiano da nossa Confraria fizemos Bruschetta de entrada, obviamente. A receita é realmente muito fácil e rápida: um pão italiano cortado inteiro com 1 dedo de espessura, onde esfregamos uma cabeça de alho cortado. Essa é uma boa dica porque agrega o aroma e o sabor do alho sutilmente sem que fique partes de alho na mistura já que não são todos que gostam do forte sabor de alho quando cortado em pedacinhos. O pão cortado é distribuído em um tabuleiro regado com azeite e levado ao forno por 10-15 minutos ou até dourar levemente. Não deixe torrar demais. Cortamos em pequenos pedaços 6 tomates médios, sem sementes, bem maduros e misturamos com sal e azeite extra-virgem a gosto e 20 folhinhas de manjericão. Esse molho é então utilizado para “rechear” o pão que pode ser servido imediatamente.
Neste dia, acompanhamos a Bruschetta com uma espumante da Lídio Carraro (reserva da Serra, Brut, de uvas Chardonnay e Pinot Noir). Uma boa escolha especialmente por se tratar de uma tiragem especial dos jogos Pan-americanos. Um espumante bem macio e leve. Excelente para abrir os trabalhos da noite. Claro que não ficamos só nos espumantes Brasileiros.
Rapidamente provamos um, dois ou três (não lembro ao certo) Proseccos Valdobiedenne, afinal o jantar era Italiano. Também muito bons! De fato, uma respeitável início para uma bonna note italiana. Arrivederci!

4 comentários:

Eduardo Goldenberg disse...

Miltinho: escreve logo sobre o risotto que você fez no Mauro para que meu irmão - mentindo, é claro! - possa escrever que foi o melhor que ele já comeu na vida, mas que não chega aos pés do meu.

Milton Ozório Moraes disse...

Edu,
tenho certeza que seu risotto deve ser bem razoável. Desafio está aceito. Faremos risottos de um mesmo sabor (escolha as armas) com os mesmos ingredientes e a prova dos amigos será as cegas!!! Ha ha hu hu, o Maraca é nosso!
Publicarei já, já a receita do Risotto de Funghi Porcini. Fique a vontade sugerir mudanças copiar retestar, modificar. Afinal, cozinha é essa lambança geral.

Eduardo Goldenberg disse...

Publicarás uma receita?

Quer que eu sugira mudanças?

maluco, querido?

Eu cozinho intuitivamente...

Já vi, francamente, como diria meu eterno e saudoso governador Leonel de Moura Brizola, que não dará nem pra saída.

Mas eu cozinho, se você quiser, se vocês quiserem, e a custo zero!, para que você comprove o que digo.

Beijo.

Mauro Rebelo disse...

Que eu me lembre, Dudu querido, você seguia a risca o tempo de cozimento do macarrão na embalagem do Barila. Isso não me parece muito intuitivo!